Estados Unidos, Austrália, Índia e Japão fizeram uma demonstração de força contra o Partido Comunista Chinês (PCCh) durante encontro, nesta terça-feira (6), de seus chanceleres em Tóquio.
Os ministros das Relações Exteriores prometeram tomar medidas concretas para manter a região do Indo-Pacífico “livre e aberta”. A decisão é um recado direto às pretensões em curso de Pequim, de controlar 85% do Mar do Sul da China, sua principal saída comercial com o mundo.
Os países formam o chamado “Quad” — sigla inglesa para “Diálogo de Segurança Quadrilateral”, grupo que foi ressuscitado em 2017 para buscar criar o que a China já chamou de “mini-Otan” no Pacífico, em referência à aliança militar americana na Europa contra os soviéticos e, depois, os russos.
Em discurso após a reunião, o chanceler norte-americano Mike Pompeo foi quem tomou a frente em termos de retórica: “Como parceiros, é mais crítico agora do que nunca que nós colaboremos para proteger nossos povos da exploração, corrupção e coerção do Partido Comunista Chinês.”
E acrescentou:
“Nós as vemos nos mares do Sul e do Leste da China, no Mekong, nos Himalaias, no estreito de Taiwan.”
O encontro dos chanceleres também abriu o caminho para que a Austrália faça parte dos exercícios militares navais anuais que unem Índia e EUA desde 1992 e, a partir de 2015, integraram também o Japão.
Neste 2020, o cenário é particularmente mais complexo, ainda que o risco de guerra ampla seja considerado baixo. A Índia, que sempre viu o grupo como uma forma de pressionar a China em suas negociações comerciais, está efetivamente do lado dos EUA desde que houve os embates citados por Pompeo nos Himalaias, destaca o FolhaPress.
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