O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) melhorou suas projeções para a economia global diante dos sinais que apontam para uma recuperação mais robusta do flagelo da pandemia do coronavírus.
O relatório destaca que a recessão desencadeada pela pandemia será mais branda do que o esperado. Mas a previsão para a Argentina era devastadora.
A Argentina vai na contramão do mundo: o FMI projetava neste ano uma recessão mais profunda no país, com queda de 11,8% no produto interno bruto (PIB), desastre econômico pior que o de 2002, após o fim de conversibilidade .
O Fundo estimou que o desemprego na Argentina chegará a 11% até o final deste ano. Desta vez, a agência omitiu suas projeções sobre o déficit fiscal e a inflação por se tratarem de variáveis atreladas às negociações em curso para chegar a um novo programa de substituição do stand-by acordado pelo governo de Mauricio Macri em meados de 2018, quando começou a crise, ainda em vigor.
Apesar de tudo, o Fundo espera uma recuperação em 2021 com crescimento de 4,9%.
A economia enfrenta uma queda acentuada da atividade devido à quarentena imposta para controlar o coronavírus, que se somou à crise iniciada em 2018 e a uma persistente desconfiança que elevou o gap cambial acima de 100% e deprimiu o clima de negócios. O consumo também sofreu com o aumento do desemprego e da pobreza.
A crescente deterioração da economia argentina foi visível na piora das projeções da agência em apenas alguns meses. Em junho passado, o Fundo previa uma queda de 9,9% na economia argentina este ano.
(Com informações do La Nacion)