O Japão pode não participar de uma reunião de líderes com a Coreia do Sul e a China este ano, a menos que “medidas adequadas” sejam tomadas em uma disputa com a Coreia do Sul sobre a compensação pelo trabalho forçado em tempo de guerra, informou a mídia japonesa nesta terça-feira.
Os laços entre os dois vizinhos asiáticos azedaram depois que a Suprema Corte da Coreia do Sul em 2018 ordenou que uma siderúrgica japonesa pagasse uma compensação pelo trabalho forçado, o que levou o Japão a impor restrições de exportação a alguns dos principais materiais de alta tecnologia.
A Coreia do Sul sediará a cúpula trilateral, realizada cerca de uma vez por ano, mas a agência de notícias Kyodo citou fontes diplomáticas dizendo que seria “impossível” que o novo primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, visitasse a menos que as preocupações do Japão sobre o assunto fossem tratadas.
A Suprema Corte da Coreia do Sul decidiu em 2018 que a Nippon Steel Corp deveria pagar indenização a quatro sul-coreanos por trabalho forçado durante a Segunda Guerra Mundial, e um tribunal inferior em 2019 aprovou a apreensão de parte dos ativos da empresa.
O Japão argumenta que a decisão viola o direito internacional porque todos os pedidos de compensação provenientes da colonização do Japão de 1910-1945 da península coreana foram resolvidos sob um tratado de 1965.
(Reuters)
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