Seis oficiais da inteligência militar russa foram acusados nos Estados Unidos de realizar ataques cibernéticos à rede elétrica da Ucrânia, as eleições francesas de 2017 e os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, anunciou o Departamento de Justiça nesta segunda-feira (19).
Os seis agentes GRU também foram acusados de realizar um ataque de malware chamado “NotPetya”, que infectou computadores de empresas em todo o mundo, causando quase US $ 1 bilhão em perdas apenas para três empresas dos EUA.
Além disso, eles teriam como alvo investigações internacionais sobre o envenenamento por agente nervoso do ex-agente duplo russo Sergei Skripal e sua filha. Os acusados também teriam atacado meios de comunicação e o Parlamento da Geórgia.
Demers disse que os réus lançaram ataques destrutivos de malware contra a rede elétrica na Ucrânia em dezembro de 2015 e dezembro de 2016.
Demers disse que membros da mesma unidade GRU foram acusados anteriormente de tentar atrapalhar as eleições dos EUA de 2016 – mas não houve alegações de interferência eleitoral” nesta acusação.
Por sua vez, o Escritório de Relações Exteriores do Reino Unido acusou nesta segunda a GRU por tentar atingir a organização da Olimpíada de Tóquio, adiada para o ano que vem. A Wada, entidade responsável pelas ações contra o doping, pediu a exclusão da Rússia da competição.
A acusação dos seis, nenhum dos quais está sob custódia dos EUA, foi apresentada por um grande júri federal em Pittsburgh, Pensilvânia, onde hospitais foram supostamente visados pelos hackers NotPetya.
O Departamento de Justiça disse que os réus conduziram campanhas de “hack-and-vazamento” contra o partido político do presidente francês Emmanuel Macron e os governos locais da França antes das eleições de 2017.
Os seis foram identificados como Yuriy Sergeyevich Andrienko, 32; Sergey Vladimirovich Detistov, 35; Pavel Valeryevich Frolov, 28; Anatoliy Sergeyevich Kovalev, 29, Artem Valeryevich Ochichenko, 27; e Petr Nikolayevich Pliskin, 32.
Kovalev foi indiciado anteriormente em 2018, por tentar obter acesso a computadores dos EUA envolvidos na administração das eleições de 2016 nos EUA.
(Com agências internacionais)
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