À medida que os restos do furacão Eta voltavam para as águas do Caribe, os governos da América Central trabalharam para contabilizar os desabrigados e mortos e recuperar os corpos de deslizamentos de terra e inundações que ceifaram dezenas de vidas da Guatemala ao Panamá.
Passar-se-ão dias até que o verdadeiro tributo do Eta seja conhecido. Suas chuvas torrenciais abalaram economias já estranguladas pela pandemia COVID-19, tiraram tudo de quem tinha pouco e expuseram as deficiências dos governos que não podem ajudar seus cidadãos e imploram por ajuda internacional.
O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos previu que partes da Nicarágua e de Honduras poderiam receber 15 a 25 polegadas (380 a 635 milímetros) de chuva, com 40 polegadas (1.000 milímetros) possíveis em algumas partes isoladas.
Uma semana de chuva estragou as colheitas, destruiu pontes e inundou casas em toda a América Central. A chegada do furacão Eta na terça-feira à tarde no nordeste da Nicarágua se seguiu a dias de chuva torrencial enquanto se arrastava em direção à costa.
O ministro das Relações Exteriores de Honduras, Lisandro Rosales, disse por Twitter que “a destruição que o Eta nos deixa é enorme e as finanças públicas estão em um momento crítico por causa do COVID-19, fazemos um apelo à comunidade internacional para acelerar o processo de recuperação e reconstrução”.
Os observadores já estão prevendo que a destruição causada pelo Eta pressionará mais pessoas a migrar de países que já são alguns dos principais remetentes de migrantes para a fronteira dos Estados Unidos nos últimos anos.
“Agora, com essa situação, isso vai ser um êxodo, um êxodo massivo de migrantes para o norte”, disse Matheu.
(Com informações da AP)
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