Maia Sandu, ex-economista do Banco Mundial que defende laços mais estreitos com a União Europeia, ganhou o segundo turno presidencial da Moldávia, derrotando de forma decisiva o incumbente fortemente pró-Rússia, de acordo com resultados preliminares divulgados segunda-feira.
Sandu obteve mais de 57% dos votos, deixando o titular, Igor Dodon, atrás por mais de 15 pontos, de acordo com dados preliminares da Comissão Eleitoral Central, CEC, que disseram que quase 100% dos votos foram contados.
A eleição de domingo foi vista como um referendo sobre duas visões divergentes para o futuro da pequena nação do Leste Europeu espremida entre a Ucrânia e a Romênia. Sandu e Dodon, que o presidente russo Vladimir Putin identificou como seu candidato preferido, são rivais desde que ele a derrotou por pouco na corrida presidencial de 2016.
O atual governo pró-Rússia controla apenas 51 dos 101 assentos no parlamento. O novo presidente pode dissolver o parlamento se o primeiro-ministro renunciar e houver duas tentativas fracassadas de encontrar um sucessor.
Putin na segunda-feira parabenizou Sandu e expressou esperança de que seu trabalho como chefe de Estado “contribua para o desenvolvimento construtivo das relações” entre a Rússia e a Moldávia.
No início do dia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que Moscou respeita “a escolha do povo moldavo” e espera estabelecer “uma relação de trabalho” com o novo presidente.
(AP)