Pelo menos 57 pessoas morreram após um bombardeio israelense sobre o leste da Síria nesta quarta-feira (13), de acordo com um comunicado divulgado pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). Segundo a ONG, este foi o ataque mais mortífero realizado por Israel desde o início da guerra na Síria, em 2011.
O bombardeio, confirmado pela Sana, agência estatal de notícias da Síria, ocorre em uma fase de intensificação das ofensivas israelenses contra alvos iranianos -é a quarta do tipo em duas semanas- e horas depois de o ministro da Defesa, Benny Gantz, afirmar que Israel “continuará agindo contra aqueles que tentarem desafiar” o país. “Não estamos sentados e esperando. Somos ativos defensiva, política e economicamente”, disse Gantz, durante uma visita à fronteira sírio-israelense.
Segundo a Sana, os bombardeios atingiram locais em Al Bukamal, cidade síria que controla o posto de fronteira na principal rodovia que liga Damasco e Bagdá, no Iraque, e que compõe uma rota de abastecimento entre o Irã e combatentes aliados na Síria e no Líbano. A província de Deir Ezzor, que abriga grupos combatentes da Guarda Revolucionária do Irã e milícias apoiadas por Teerã, também foi um dos alvos. O objetivo de Israel, segundo os relatórios sírios, era destruir depósitos de armas e postos militares nessas regiões.
Em dezembro, o general Aviv Kochavi, chefe do Estado-maior das Forças Armadas de Israel, divulgou balanço em que aponta que seu país atingiu mais de 500 alvos sírios ao longo de 2020, com o objetivo de restringir a presença militar iraniana na Síria.(Com informações da FolhaPress)
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