Pesquisadores comprovaram cientificamente, pela primeira vez, que a obra “A Última Ceia”, feita pelo mestre da Renascença Leonardo Da Vinci, foi criada com o uso da técnica conhecida como pintura de têmpera.
“A Última Ceia”, no convento de Santa Maria da Graça, em Milão, na Itália, é um enorme mural feito há mais de 5 séculos. A pintura retrata Jesus em sua última refeição com seus doze apóstolos.
Fukunaga Kaori, do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e de Comunicações do Japão, examinou a obra-prima em 2019 a pedido do Museu Cenáculo Vinciano, que administra a obra.
A análise foi feita por meio da aplicação de ondas eletromagnéticas de alta frequência, chamadas terahertz, em quatro partes do mural – inclusive sobre o rosto de Jesus.
Verificação minuciosa do substrato revelou uma fina camada de gesso logo abaixo da superfície, e uma outra camada de gesso pintada uniformemente em profundidade de cerca de 2 milímetros.
Análises de um fragmento do mural feitas há mais de 20 anos já sugeriam que a obra de arte usava a técnica de têmpera, em que a tinta é aplicada em uma fina base seca, e não um afresco, que é feito quando a parede ainda está parcialmente úmida.
As recentes descobertas sugerem que Da Vinci levou tempo elaborando detalhes da obra com o uso da técnica de têmpera, que permite mais camadas do que em afrescos.
Fukunaga ressalta que Da Vinci gostava de experimentar coisas novas e é conhecido por ter utilizado uma variedade de técnicas. Afirma que as descobertas contribuem para ajudar a identificar meios de restaurar e preservar o mural. (NHK)
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