Dezenas de milhares de opositores saíram às ruas de várias cidades da Bolívia na segunda-feira para protestar contra a prisão da ex-presidente Jeanine Áñez, pelo suposto golpe contra o ex-presidente de esquerda Evo Morales em 2019.
Durante o dia, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e os Estados Unidos expressaram sua preocupação com o novo clima de tensão política no país andino, informa a agência AFP.
“Não foi um golpe. Foi uma fraude”, dizia-se em faixas de manifestantes que, com a pandemia como pano de fundo, participaram de passeatas, manifestações em frente ao Ministério Público e concentrações pacíficas em praças das cidades de La Paz, Cochabamba (centro), Sucre (sudeste), Trinidad (noroeste) e Santa Cruz (leste).
Camacho, que venceu as eleições em sua região com mais de 55% dos votos, chamou Áñez e seus colaboradores de “presos políticos”. “Não vamos deixá-los sozinhos”, prometeu, conclamando seus seguidores a se manterem mobilizados e a fazer com que o governo do esquerdista Luis Arce pare com as prisões.
O governo do Peru informou que Roxana Lizárraga, ex-ministra de Áñez, solicitou refúgio.
A oposição de direita e de centro acredita que a justiça está subordinada ao governo de Arce, o golfinho de Morales.
Áñez, 53, foi presa no sábado na cidade de Trinidad, capital do departamento amazônico de Beni (nordeste), e na segunda-feira foi encarcerada em um presídio em La Paz. Ela foi condenado à prisão preventiva por quatro meses.
(Com informações da NTN24)
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